Uma briga de trânsito não pode parar uma cidade

Ônibus bus já circulam desde cedo
JBO

Uma briga de trânsito entre duas pessoas não pode se tornar um caos para uma cidade inteira. O fato ocorrido durante o dia de ontem em Ilhéus tem que ser avaliado pelas autoridades policiais e sindicais. E não deve ser repetido. A cidade não tolera mais os excessos. Nem de um lado, nem de outro. É preciso que o bom senso prevaleça. Que o policial ofereça segurança ao cidadão. Que o motorista seja cidadão no trânsito. Por isso, prevaleceu o bom senso e a cidade amanheceu com os ônibus de volta às suas ruas.

Triste ainda ver que diante do caos, a Prefeitura ainda conseguiu piorar o quadro com sua intervenção. Com a paralisação dos ônibus e uma população inteira com quase nenhuma opção de transporte, o governo municipal resolveu realizar blitze para identificar um serviço de transporte cladestino que, sem fiscalização, no dia-a-dia ganha as ruas, impõe um serviço inseguro e se aproveita de um sistema público de transporte que não consegue melhorar nem atender com respeito o cidadão.

O fato é que se os carros clandestinos circulam e faturam alto com isso é por que a Prefeitura, que deveria zelar pelos interesses do cidadão, não consegue fazer com que o sisterma público funcione com qualidade e quantidade. Impõe o seu poder concedendo aumento. Assume sua limitação, quando não consegue retirar das ruas ônibus sem condições de uso nem garantir um melhor serviço que, inevitavelmente, todos os dias, recebe críticas de quem usa  o (ou é usado pelo) sistema.

Ilhéus não pode parar por vontade de uma ou duas pessoas. Ilhéus não pode parar nem pra chorar as suas necessidades. Ilhéus não pode parar de jeito nenhum. Nem por conta de gestos irresponsáveis de um lado. Nem por conta de uma vingança mesquinha do outro.