Audiência pública aponta caminhos para a recuperação da lavoura do cacau

Lídice da Mata, Davidson Magalhães e Eduardo Salles
Ascom

Representantes da lavoura cacaueira e parlamentares estiveram reunidos nesta segunda-feira (31), durante audiência pública, na Câmara de Vereadores de Itabuna, no Sul do Estado, para discutir as alternativas para recuperação do setor. Estiveram presentes, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), os deputados Davidson Magalhaes (federal), Eduardo Salles (estadual) e representantes da Federação da Agricultura da Bahia, além de produtores de mais de 20 municípios baianos. O governo federal enviou o representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Afonso Celso Sá.

A senadora Lídice da Mata apontou as prioridades para a retomada do crescimento econômico da lavoura cacaueira na Bahia. As questões elencadas pela parlamentar foram: a revisão da política de importação de amêndoas de cacau, conhecida como drawback; o endividamento dos produtores; a necessidade de reformulação da Ceplac, integrando-a com a Universidade Federal do Sul da Bahia; a implementação do Plano Estadual de Recuperação da Lavoura Cacaueira; além da aprovação do projeto de sua própria autoria, que prevê o condicionamento de 35% de cacau em todo chocolate produzido e comercializado no Brasil. 

De acordo com a senadora baiana, dois assuntos foram levados à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que, na oportunidade, se interessou bastante sobre a questão do drawback. “Ela também se comprometeu em nos apresentar uma proposta para a reformulação da Ceplac”, afirmou.

Lídice também lembrou que aprovou no Senado um requerimento com 12 questões para  o Ministério da Agricultura respondê-lo em um prazo de 30 dias. Todas as perguntas foram focadas na temática do drawback. O documento está disponível no site da senadora www.lidice.com.br.

Milton Andrade Junior, do Sindicato Rural de Ilhéus, disse que os produtores de cacau são vítimas do lobby da indústria. “Ninguém vai fazer chocolate com produtor falido. É preciso que voltemos a exportar cacau”, sentenciou.