PAA transforma a vida de 485 famílias assentadas no sul da Bahia
Em nove assentamentos, 485 famílias de trabalhadores rurais estão sendo beneficiadas com R$ 2,4 milhões, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), só neste ano de 2013. Os bons resultados do programa é um dos pontos de destaque do I Encontro Regional do PAA que acontece nesta quarta-feira (02/10), no assentamento Serra de Areia, em Ibirapitanga, no território de identidade do Litoral Sul.
O PAA é um programa do Governo Federal de combate à pobreza e de fortalecimento da agricultura familiar. O programa permite a compra antecipada diretamente dos agricultores familiares, assentados e demais povos do campo para formação de estoque e distribuição à população em maior vulnerabilidade social, através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O evento objetiva avalizar os resultados obtidos pelos trabalhadores rurais da reforma agrária, agricultores familiares e quilombolas inseridos no programa, nos territórios de identidade do Litoral Sul, Baixo Sul e Médio Rio de Contas, onde estão os nove assentamentos de reforma agrária, cujas famílias tiveram a vida transformada pelo PAA.
Trata-se das áreas Serra de Areia e São João (situados no município de Ibirapitanga), Cruzeiro (em Ubaitaba), Santa Irene e São Gerônimo (ambos em Gongogi). Também participaram as áreas Liberdade, Laranjeiras e Santa Maria (do município de Maraú) e o João Epifanio que está no município de Itacaré.
De acordo com o técnico agrícola, da Assessoria Técnica do Incra, do núcleo operacional de Ubaitaba, Maurício Souza, que atende essas localidades, os assentados começaram a participar do PAA em 2008, o que impactou de forma positiva no desenvolvimento e melhora da renda das famílias.
“Se não fosse PAA, as famílias não tinham como sobreviver direito. Quem garante a sustentabilidade da família é a antecipação do recurso oferecida pelo programa”, explica Souza. Além disso, as mulheres, segundo ele, correspondem a mais de 50% dos contratos do PAA em áreas de reforma agrária acompanhadas pelo profissional.
Incentivos - Ainda de acordo com Souza, 100 jovens filhos de assentados, entre 16 e 29 anos, têm contrato do programa. “A ação possibilitou que os jovens, que deixaram o assentamento para trabalhar na cidade, retornassem para o campo para trabalhar na lavoura e ter a própria renda”, ressalta.
Os bons resultados colhidos através do PAA deixaram as famílias empolgadas e elas passaram a buscar projetos para melhorar a qualidade dos produtos da reforma agrária.
Entre as conquistas, os assentados já contabilizam uma casa de farinha, por meio do Terra Sol, programa do Incra; duas agroindústrias e um caminhão via o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), do governo do estado.