Exportações baianas são 4,7 por cento maiores no primeiro semestre deste ano

 

Com a queda da demanda global em meio à crise, a Bahia registrou também queda de 12,2% nas exportações no mês de junho, comparado ao mesmo mês do ano anterior. Mesmo com a queda observada em junho, as exportações baianas registraram crescimento de 4,7% no primeiro semestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2011, chegando a US$ 5,13 bilhões.

Apesar da maior rentabilidade obtida pela desvalorização de 10,5% do real em relação ao dólar nos últimos dois meses, as exportações baianas se ressentiram da redução da demanda em seus principais mercados, com exceção da Ásia. A China foi o principal mercado de destino para as exportações estaduais no mês passado, com 8,6% de crescimento. Com exceção dos asiáticos, porém, houve queda nas vendas para todos os principais mercados da Bahia, especialmente para a Argentina, que reduziu as compras em 27%, União Europeia com queda de 26,8%, e EUA com -13,2%.

Como reflexo da crise, os preços médios dos produtos exportados pelo estado recuaram novamente em junho: 4,4% em relação a maio. É o quarto mês consecutivo de queda nos preços, que acumula no semestre uma variação negativa de 2,8% em relação ao primeiro semestre de 2011.

A queda nas exportações em junho foi puxada pelo setor metalúrgico (72,4%), petróleo e derivados (36%), petroquímico (15,9%) e de metais preciosos (57,4%). Com exceção do setor de petróleo e derivados, cujos preços médios subiram 4,9%, comparados a junho de 2011, todos os demais apresentaram redução comparativamente.

 Importações No semestre, as compras externas da Bahia atingiram US$ 3,95 bilhões, ficando 7,7% acima do primeiro semestre do ano anterior. Na comparação com junho de 2011, registrou queda de 27,6%, o equivalente a US$ 558,6 milhões. Com um menor ritmo da atividade econômica interna e com a valorização do dólar, as importações recuaram em junho principalmente em matérias-primas (minério de cobre, nafta), bens de consumo (automóveis) e bens de capital (máquinas e equipamentos).

No semestre, a Bahia gerou um superávit de US$ 1,18 bilhão em sua balança comercial, contribuindo com 16,7% do saldo comercial brasileiro no período.