Estado entrega 200 mil máscaras para pescadores e comunidades tradicionais
O Governo do Estado está disponibilizando 200 mil máscaras artesanais de tecido para pescadores e comunidades tradicionais, como forma de combater a disseminação do Coronavírus na Bahia. As máscaras foram adquiridas junto a 603 associações, cooperativas e empresas habilitadas para a produção de mais de 11,4 milhões de unidades, gerando oportunidade de trabalho em toda a Bahia.
Nesta terça-feira (16), a Bahia Pesca recebeu 100 mil máscaras, além de cinco mil frascos de álcool gel, que serão distribuídos para colônias e associações de pescadores em 79 cidades de 17 territórios da Bahia. Já a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) recebeu 100 mil máscaras para atender aproximadamente 600 comunidades e entidades representativas de Salvador e interior do estado, numa parceria com organizações do movimento negro, do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN), Comissão Estadual para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais (CESPCT) e Fórum de Gestores Municipais de Igualdade Racial. Deverão ser contempladas famílias de comunidades das periferias, dos segmentos quilombolas, de terreiro, indígenas, fundos e fechos de pasto, geraizeiros, extrativistas, dentre outros.
Segundo o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro, o Governo do Estado vem fazendo uma ampla distribuição de máscaras para diversos públicos, a exemplo de pessoas em situação de vulnerabilidade, em feiras livres, centros de abastecimento, centros de acolhimento, unidades de saúde, tivemos ação no metrô, distribuição para estudantes, lavadeiras, associações comunitárias, dentre outros. “Ao tempo em que combatemos a proliferação da Covid-19, estamos gerando ocupação e renda em toda a Bahia com a produção de máscaras”, destaca Pinheiro.
“A iniciativa reforça o conjunto de ações do Governo do Estado na atenção à pandemia, com um olhar específico para comunidades negras e tradicionais, segmentos já vulnerabilizados historicamente pelas desigualdades, condições sanitárias, de saúde e pelo racismo estrutural. Seguimos também com uma campanha de orientação junto às famílias esforço para frear o avanço do Coronavírus”, pontuou a secretária da Sepromi, Fabya Reis.
O presidente da Bahia Pesca, Marcelo Oliveira, ressalta que a distribuição dos equipamentos de proteção, além do óbvio aspecto de aumentar a segurança dos trabalhadores nesse período de pandemia, influencia também na segurança alimentar tanto das famílias que vivem da pesca como dos consumidores baianos. “São pessoas que, apesar de não poderem parar de trabalhar, não têm recursos suficientes para adquirir as máscaras e o álcool que são essenciais para minimizar os riscos apresentados pelo Coronavírus. A partir de agora 140 mil famílias baianas passam a poder trabalhar com um pouco mais de tranquilidade ao mesmo tempo em que contribuem com o combate ao Covid-19", disse.