Frentistas são alvo de violência por todo o estado, informa sindicato

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Mais um frentista é morto após assalto em posto de combustível na Bahia. O incidente aconteceu no Posto Jacaré, na cidade de Filadélfia, na região de Senhor do Bonfim.  O Sindicato dos Trabalhadores em postos de combustíveis da Bahia (Sinposba) informa que os casos de violência nos postos têm crescido nos últimos meses, principalmente naqueles situados nas rodovias.

O Sinposba recebe inúmeras denúncias de trabalhadores que se dizem apavorados com a falta de segurança no local de trabalho. Após levantamento, o sindicato afirma que a maioria dos postos de combustíveis na Bahia não possui nenhum tipo de segurança interna, nem mesmo câmeras para registrar os assaltos.

“A segurança nos postos é de responsabilidade dos donos. Os empresários não têm tomado nenhum tipo de atitude para mudar esta situação, pois eles não sofrem prejuízos. Muitos descontam dos funcionários os valores perdidos nos assaltos e, por isso, não registram queixa. Além do impacto psicológico, de ter que trabalhar nesse estado de pânico, o trabalhador ainda sofre o abalo quando recebe o salário, pois o valor do assalto já vem descontado”, afirma Paulo Félix, diretor de imprensa do Sinposba.

Outros casos - Na cidade de Glória, região de Paulo Afonso, dois frentistas foram baleados, mas um deles não resistiu aos ferimentos. O Sinposba esteve no local para prestar assistência à família da vítima e descobriu que o frentista morto não tinha sequer registro na carteira de trabalho. “Entramos com uma ação na justiça para garantir o direito do trabalhador e de seus familiares”, frisou Paulo Félix.

Em Salvador, no ano passado, o Posto Miramar (Ipiranga), que fica na Boca do Rio, sofreu tentativa de assalto. O frentista Mário Sérgio dos Santos, de 40 anos, foi atingido no ombro e na mão esquerda. Outro caso aconteceu no Posto Neve, no Cabula, um frentista tomou uma facada no rosto.