Vamos limpar (pelo menos) as escadas; Jorge Amado merece
A avaliação de um gestor público deve sempre considerar as grandes e as pequenas ações que resultem na melhoria do serviço prestado à cidade e, consequentemente, aos seus moradores. Por isso esta foto merece uma profunda reflexão.
Vá que a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo conte com parcos recursos, insuficientes até para manter um dos pontos mais visitados da cidade com a pintura em dia. Mas ao olhar as condições das escadarias de acesso à Casa de Jorge Amado, a vergonha impera. A sujeira toma conta do lugar.
Nem mesmo as comemorações alusivas ao aniversário do escritor, que ocorrem no momento de forma capenga e montada de última hora para não passar em branco, são capazes de aguçar um olhar mais atento para as condições de limpeza do lugar.
É o típico caso de um lugar onde tem muita gente para mandar. E quase ninguém para fazer.
Bom frisar que para fazer a tal limpeza, nem água precisaria gastar. Choveu a semana inteira.
Bastava apenas uma ordem, um comando e um tubo de sabão líquido, acompanhado de uma velha e cansada vassoura, para dar mais dignidade à história de quem tanto nos honra à chama-lo de conterrâneo.
Diria nestas horas o velho e irônico Jorge. "Se viver não é fácil, conviver é um desafio permanente."