O Mambape pede socorro e quer de Marão que ele faça apenas o que prometeu

O Mambape e sua dor
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A ladeira que dá acesso ao Alto do Mambape, em Ilhéus, precisa de um olhar cuidador da administração municipal. Aí, por certo, muitos dirão: mas agora? Impossível. O momento é do olhar todo voltado para o combate à pandemia do Covid-19. Para os moradores e comerciantes da área, não. Há mais de um ano eles tentam modificar uma realidade de total abandono. Já fizeram de tudo: até objetos pessoais - como geladeiras e aparelhos de TV - na porta das residências para chamar atenção. De nada adiantou. Os ônibus já não sobem mais; os comerciantes amargam prejuízos; os idosos dificilmente saem de casa. Durante todo este tempo, o prefeito Mário Alexandre prometeu inúmeras vezes resolver o problema. Nunca saiu do papel. Aliás, nem papel com o compromisso foi firmado.

É triste, relata o radialista Jeremias Santos, que tenta ajudar os moradores. "Não parece uma rua. Parece um campo de guerra. A destruição é total e o descaso, também", completa. Segundo informa, por inúmeras vezes a administração municipal prometeu resolver o problema, mas ao longo do tempo, foi, digamos, como no popular: "empurrando com a barriga". Jeremias relata que o governo chegou a propor parceria com a comunidade. O prefeito daria o material, os moradores - que pagam IPTU - a mão-de-obra gratuita. No entanto, os moradores explicaram às autoridades que o resultado não seria o esperado, já que, pela ladeira, circulam diariamente veículos muito pesados. "Isso, de fato, exige uma engenharia mais trabalhada, técnica, profissional", explica Jeremias Santos.

O fato é que, por enquanto, o alto do Mambape, rua 45, simboliza, sobretudo, a promessa não cumprida, de quem um dia se mostrou pra lá de disposto a ajudar. Mas...