Festa e emoção nos 50 anos da Escolinha Perpétua Marques

Festa relembra história e aposta no futuro
Secom/Rodrigo Macedo

O clima vivenciado por professores, estudantes e pais de alunos que participaram no final da tarde de ontem (4) das comemorações alusivas aos 50 anos da Escola Municipal Perpétua Marques, em Ilhéus, era de saudade, homenagem e de reconhecimento. Os convidados “voltaram no tempo”. Assistiram a comerciais dos anos 60, lembraram da trajetória da educadora que deu nome à instituição, conheceram ex-alunos e até a primeira diretora da escola para comemorar o jubileu de ouro de uma dos mais bem sucedidos projetos educacionais de Ilhéus.

“Foram três meses de trabalho até chegarmos aqui”, disse, emocionada, a atual diretora Simone Azevedo. “Mas foi o tempo suficiente para descobrir que, assim como eu, muita gente ficou sem dormir pensando na construção deste momento. Foi aí que pude ter a noção de que comemorar os 50 anos da escola não era um desejo só meu, era nosso. A festa não era minha, era nossa”, completou.

Música, dança e resgate histórico. Familiares da professora Perpétua Marques compareceram ao Teatro Municipal para receber as homenagens. A educadora Adélia Melo, a primeira diretora da escola, emocionada, aplaudia a cada iniciativa. “Tudo isso que assistimos aqui é fruto do amor, da dedicação, da perseverança e da competência”, resumiu a secretária municipal de Educação, Eliane Oliveira.

No palco, o historiador e imortal da Academia de Letras de Ilhéus, Arléo Barbosa, lembrava a trajetória da jovem professora dos anos 60, que morreu vítima de um acidente automobilístico, ao retornar da escola onde lecionava, na região do Banco da Vitória, em maio de 1961.

“Era linda, inteligente. Seis anos após sua morte, o então prefeito Herval Soledade inaugurou 16 grupos escolares e deu a um deles o nome da jovem professora”, lembrou Arléo. A Escola – que nos anos 70 chegou a ser conhecida como a “Escola de Vidro”, devido às suas características arquitetônicas – venceu as dificuldades, seguiu em frente e chega aos 50 anos com a missão de seguir educando gerações de ilheenses.

As comemorações de ontem ainda contaram com depoimentos de diversas personalidades que passaram pela escola, homenagens e agradecimentos a colaboradores e apresentação do coral dos alunos com idade entre três e cinco anos, que entoaram canções como “Trem Bala” (Ana Vilela) e A Paz (Roupa Nova).