6ª edição consolida Festival de Dança Itacaré no Calendário das Artes da Bahia

Temporada bastante proveitosa
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A sexta edição do Festival de Dança Itacaré consolidou o evento como um dos mais importantes do Calendário das Artes da Bahia. Realizado em duas etapas (13 a 17 em Itacaré, 22 e 23 de setembro em Ilhéus), pela Casa Ver Arte e Comunidade Tia Marita, com apoio financeiro do governo da Bahia (através do Fundo de Cultura) e secretarias estaduais da Fazenda e Cultura, envolveu 66 pessoas, entre bailarinos, palestrantes e oficineiros, de Salvador, Itacaré, Valença, Curitiba, Ipatinga, Belo Horizonte, Goiânia, Paraíba, Fortaleza e Ilhéus, além da equipe de produção.

Durante sete dias de programação, o festival apresentou 12 espetáculos de dança contemporânea, rodas de conversas e oficinas sobre questões essenciais das políticas públicas e produção cultural do setor. “Este festival já é um dos mais importantes do Brasil, por isso ficamos muito gratos pela participação. Esperamos que a comunidade e os artistas o apoiem cada vez mais”, disse o coreógrafo Bruno de Jesus, diretor de Da Própria Pele não há quem Fuja, espetáculo da Cia. de Dança ExperimentandoNUS, que encerrou a programação do evento, sábado (23), no Teatro Municipal de Ilhéus, apresentando uma emblemática pesquisa sobre a diversidade no contexto afro-cultural brasileiro.

Ainda no sábado, o grupo Ateliê do Gesto encenou O Crivo, inspirado na obra Primeiras Estórias, do escritor João Guimarães Rosa. O especialista em gestão cultural, Pawlo Cidade, ministrou oficina sobre produção cultural, na Academia de Letras de Ilhéus. “Foi uma oportunidade de aperfeiçoamento do nosso trabalho cotidiano e de contato com pontos estratégicos da atividade profissional”, comentou o produtor Well Perelo, após a oficina.

Na sexta-feira (22), os ilheenses receberam os solos A Mulata, da bailarina cearense Wilemara Barros e ISTC, trabalho biográfico e performático de Isaura Tupiniquim. A diretora artística do festival, Verusya Correia observa que toda a complexidade crítica, profissional e artística do evento começa a ter visibilidade na região e no país. “Agradeço imensamente aos produtores, artistas, parceiros, convidados, apoiador financeiro e públicos por acreditarem na expansão do imaginário político. Que possamos dar visibilidade às questões que nos assombram”.