Bahiafarma inicia processo para produzir e fornecer insulina

Visita à Bahia de executivos do laboratório ucraniano Indar
GOVBa/Pedro Moraes

A visita à Bahia de executivos do laboratório ucraniano Indar, um dos líderes mundiais na produção de insulina, iniciada nesta terça-feira (16), marca a consolidação da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre a empresa e o laboratório público baiano Bahiafarma. O acordo tem como meta a produção local de insulinas para abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS).

A cooperação entre o laboratório internacional e a Bahiafarma prevê a instalação de uma fábrica de insulinas na Bahia, que passa a ser a primeira planta de medicamentos biotecnológicos do Estado e a primeira de um laboratório público brasileiro a produzir o insumo.

“Depois que a unidade estiver pronta, a tendência é que sejam encerrados os repetidos problemas de desabastecimento de insulinas no Sistema Único de Saúde”, afirma o diretor-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias. “Este projeto consolidará a Bahiafarma como um dos únicos laboratórios oficiais capacitados a produzir insulina no País, o que implicará em ampliação do quadro de empregos com mão-de-obra qualificada e fortalecerá o desenvolvimento do Nordeste, com a implementação de um parque industrial de alta tecnologia.”

A presidente do Conselho de Administração da Indar, Liubov Vishnevska, lidera a comitiva ucraniana, que participa de uma série de reuniões com autoridades da Bahia e do Ministério da Saúde até o fim da semana. Nesta terça-feira, os executivos participaram de encontros com o governador Rui Costa e com o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, e conheceram a planta da Bahiafarma em Simões Filho (BA), na região metropolitana de Salvador.

Durante reunião com o governador Rui Costa na Governadoria, Rui destacou a importância da parceria com o laboratório. “Para nós é mais que importante, é necessário, não só para a Bahia, mas para o Brasil, que esse acordo seja concretizado o mais brevemente possível”, afirmou na tarde desta terça.

A parceria entre Bahiafarma e Indar foi firmada após o Ministério da Saúde definir a redistribuição dos projetos de PDP para produção de insulinas no País, por meio da Portaria número 551. Pelo documento, publicado no Diário Oficial da União em 21 de fevereiro, a Bahiafarma passará a ser responsável pelo fornecimento de 50% da demanda do ministério para o insumo.

“O estabelecimento da Bahiafarma como um dos atores na produção de insulina acontece em um cenário de reconhecimento, pelo ministério, ao empenho e compromisso referentes às ações executadas pela Bahiafarma nos últimos anos no Complexo Industrial da Saúde”, afirma Ronaldo Dias, lembrando dos esforços do laboratório público baiano para desenvolver e fornecer ao SUS ferramentas de diagnóstico rápido para arboviroses (zika, dengue e febre chikungunya).
 
A Indar foi escolhida como parceira da Bahiafarma por ser uma das líderes mundiais na produção de insulinas. “É uma empresa que atua exclusivamente em pesquisa e produção de insulinas, há mais de 15 anos, e é reconhecida por utilizar tecnologias inovadoras, além de realizar operações em diversos países”, afirma o diretor-presidente da Bahiafarma.

A Indar também se destaca por atender aos rigorosos requisitos regulatórios brasileiros – sua unidade de produção já possui o Certificado em Boas Práticas de Fabricação (CBPF) e as insulinas NPH e Regular já têm registros na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma) é um laboratório farmacêutico público que tem como objetivo desenvolver e fornecer produtos, serviços e inovação tecnológica para a saúde pública do País.

A Bahiafarma integra a administração pública indireta do Poder Executivo do Estado da Bahia, vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Tem como metas minimizar a dependência de importação de produtos e tecnologia, atuando de forma competitiva e econômica para o Sistema Único de Saúde (SUS), e contribuir para a descentralização da indústria farmacêutica, farmoquímica e biotecnológica no País, hoje concentrada no eixo Rio/São Paulo.