Parceria melhora condições da Central de Abastecimento do Malhado

Diálogo melhorou a parceria e criou oportunidades
Secom/Marcelo Silveira

Feirantes e ambulantes ocupando áreas irregulares, acúmulo de lixo, mau cheiro, buracos e falta de iluminação eram os muitos problemas verificados pelos lojistas e frequentadores da Central de Abastecimento do Malhado, zona norte da cidade. A realidade mudou quando a Prefeitura de Ilhéus, através da secretaria municipal de Indústria e Comércio (Sedic), passou a orientar a Associação dos Feirantes do Malhado (AFM) quanto à realização de melhorias, como lavagem geral, troca de lâmpadas e lixeiras, operação tapa buracos, requalificação de passeios e escoamento de águas pluviais.

Segundo permissionários do local, parecia que a intenção de antigos gestores era sucatear o equipamento e, em seguida, acabar com o comércio da região que sustenta mais de duas mil famílias ilheenses. “Um verdadeiro descaso, sem a manutenção mínima e insatisfatória para o tamanho da Feira do Malhado”, avaliou João de Jesus, que trabalha em um boxe de pescados da Central.

A situação se tornou ainda mais crítica no último quadrimestre de 2016. Faltavam vassouras, luvas, pás e lavadora de alta pressão (vaporeto) para realizar a lavagem e higienização da Central de Abastecimento do Malhado. Graças à organização da AFM, os feirantes e ambulantes se conscientizaram e solicitaram orientação da Prefeitura, em produtivo sistema de parceria. Muitos dos equipamentos necessários para a limpeza foram adquiridos pela Associação e a máquina pública cedeu seus servidores, que passaram a recolher com regularidade os resíduos sólidos e entulhos de construção da Avenida Ubaitaba e seu entorno.

A requalificação de passeios para melhor circulação de pedestres pelo local, a operação tapa-buracos, o desentupimento de fossas e bueiros e a substituição de lâmpadas na região também só foram realizadas em virtude da compra de insumos, como cimento, areia, brita, ferro, arame, tubos e disjuntores. Para isso, os feirantes e ambulantes arrecadaram recursos entre si, todos eles registrados em livro-caixa, que fica disponível para consulta aberta ao público.

O trabalho não se limita apenas aos serviços de manutenção do espaço. Desde o início do ano, uma campanha de conscientização aborda e distribui folhetos informativos falando sobre a importância do correto condicionamento e exposição de alimentos, bem como a questão da validade de carnes, frangos e pescados. Além disso, ações de Vigilância Sanitária, empreendidas pela Sedic, apreendem alimentos fora do necessário padrão de qualidade para o consumo humano.

O prefeito Mário Alexandre lamentou a situação em que encontrou a Central de Abastecimento do Malhado e, ao mesmo tempo, comemorou as realizações iniciais, enaltecendo ainda o trabalho conjunto entre município e sociedade civil organizada. “Deixar a Feira do Malhado se acabar é pôr fim a uma tradição do comércio local e nosso compromisso é de manter, ampliar e gerar emprego e renda para o ilheense, promovendo assim o crescimento econômico e o desenvolvimento social da cidade”, completou.