´É possível ser ético e sobreviver com dignidade´, diz presidente da OAB-Bahia
Com discurso voltado à esperança e à busca pela moral, o presidente da OAB da Bahia, Luiz Viana Queiroz, voltou a falar sobre a crise do Judiciário em cerimônia de entrega de carteira realizada na manha desta segunda-feira (23/01). Com a presença de 41 advogados, o encontro aconteceu na sede da seccional, na Rua Portão da Piedade, e contou com as presenças da vice-presidente da OAB-BA, Ana Patrícia Dantas Leão, do conselheiro federal Fabrício de Castro Oliveira, da conselheira Cínzia Barreto, dos ex-presidentes da Ordem Thomas Bacellar e Saul Quadros, do ex-diretor Antônio Menezes, do presidente da OAB de Eunápolis, Alex Ornelas, e do advogado Alex Santana.
“A advocacia está cada vez mais difícil, mas quero que saibam que, neste Brasil tão atrapalhado, que perdeu o limite do que é certo e do que é errado, é possível ser ético, ser correto e sobreviver com dignidade, apesar das dificuldades. Para tanto, é preciso ter coragem de ter esperança”, ressaltou Viana.
Ainda no seu discurso, o presidente da Ordem falou sobre a importância de dois elementos que considera essenciais à advocacia: técnica e ética. “Quem não os têm, será excluído pelo mercado, porque o mundo em que a gente está vivendo é um mundo onde a tecnologia tem desempregado postos de trabalho — fato que também vem acontecendo na advocacia. Somos mais de 1 milhão e 46 mil advogados no Brasil, e, portanto, a competição está cada vez maior. Por isso, é preciso ter técnica e ética e aproveitar a capacidade de adaptabilidade que cada um de vocês tem”, destacou.
A ética também foi lembrada na fala da oradora da solenidade, Cínzia Barreto. “A atuação do advogado reclama, mais do que nunca e antes de tudo, por uma conduta ética impecável. Vamos trilhar o bom caminho e engrandecer a nossa profissão. Temos muito a fazer e vocês são esperança de dias melhores”, disse.
A cerimônia foi encerrada com o agradecimento da mesa e uma mensagem de Luiz Viana, que citou o poeta Rabindranath Tagore. “Quando, no horizonte, não for possível ultrapassar os limites da escuridão, eu tenho a firme esperança que é o cintilar do encontro dos nossos olhares que vai produzir o incêndio que iluminará o nosso futuro”, concluiu.