Devagar com o andor porque o santo é de barro

Roland Lavigne, o santo e Cacá
Reprodução

Campanha é campanha. O tempo passa mas o formato continua o mesmo. Algumas cenas repetitivas. Outras, copiadas.

Até em ato religioso, com a presença de meia dúzia de fiéis, é indispensável carregar o santo. Nem que seja para simplesmente fazer o registro da foto.

Nesta, entretanto, algumas cenas que merecem destaque.

Primeiro, a presença do vereador Roland Lavigne, dividindo o peso do andor com o vice-prefeito de Jabes, que durante décadas foi seu grande adversário político e inimigo declarado.

Segundo, a adesão do prefeiturável Carlos Machado ao chapéu cujo modelo, na eleição de quatro anos atrás, foi usado pela petista Carmelita Ângela em todas as suas aparições públicas.

A publicação da foto hoje cedo nas redes sociais, provocou, no mínimo, uma troca de farpas com reflexo no Palácio Teodolindo Ferreira, sede da Câmara Municipal.

O comunista Josevaldo Machado comentou: "Vou dar um conselho a Cacá Colchões. Não deixe o pragmatismo romper a fronteira da ética". Logo abaixo, o colega de parlamento, Roland Lavigne, questionou o conteúdo da postagem. "Não entendi, meu amigo Josevaldo. Veja como a ética e o amor a Deus de Cacá é tão grande!".

E olha que a campanha propriamente dita ainda nem começou. Vale, entretanto, lembrar uma coisinha aos protagonistas da cena e dos comentários ácidos a respeito do ato religioso com direito às asinhas de anjo à frente.

É melhor ir devagar com o andor. Porque o santo é de barro.