O sonho de Maria

Representação teatral durante a festa no “Palácio”.
VM

pense:

"Não deixe para amanhã o que você pode deixar para lá”

A vida é mesmo assim, tem os seus ciclos históricos, enfim. É pura dinâmica. Observe que festas até então mais raras, agora passam a ser mais lembradas e promovidas, como, por exemplo, as feitas para debutantes que chegam à primavera da vida, aos 15 anos, e se debruçam diante de novos olhares, novas cores, em todas as estações.

A festa de 15 anos de Maria Paula Reis Carletto, filha de Elaine e Paulo Carletto, ocorrida no salão transformado da AABB, em Itabuna, no dia 11 de janeiro, pôs um marco na história de produção de festas da sociedade grapiúna. Se é para comemorar, então vamos juntos festejar o sonho de Maria.

Meses antes da realização da festa, o evento estava entre os mais comentados das rodas sociais, principalmente entre empresários e entre jovens e adolescentes mais próximos aos círculos da bela debutante que Itabuna ganhou. Maria sonhou com a Idade Média, a vida daquele tempo, um sonho natural, existencial, antropológico.

Acrescente a essa dimensão o olhar da mãe e do pai que naturalmente têm no seu imaginário a filha na figura mitológica de uma rainha. Ser rainha é naturalmente um sonho de menina, de quase toda mulher que se inspira. Então, o salão da AABB, conhecido por sua utilidade social e também pela dificuldade de adequação a grandes eventos, foi literalmente transformado para um Baile de Debutantes inspirado no Palácio de Versalhes, o castelo real situado no subúrbio de Paris, construído por Luis XIV, por volta de 1682, que funcionou como sede do Governo Real.

Os empresários Elaine e Paulo Carletto pensaram em promover até uma intervenção arquitetônica na estrutura do salão, o que não foi permitido pela direção do Clube. A produção então se esmerou para adaptar o espaço ao sonho de Maria. A fachada da AABB foi geometricamente ocupada por uma reprodução do Palácio. Desde a chegada, onde manobristas e seguranças evitavam qualquer tensão no fluxo de veículos, até a saída, após o jantar e o café da manhã, a

festa de 15 anos de Maria Paula pode ser considerada perfeita, a maior produção do gênero dos últimos anos.

Além dos shows do Lordão e de Simone Sampaio, cada detalhe virou um acontecimento. A decoração, o buffet, o show de luzes e réplicas do Palácio, tudo convergiu para a apresentação de Maria Paula, por seus pais, no momento solene da valsa. Com cerimonial apresentado pelo jornalista Fernando Sodake, ela danço com o pai, o irmão João Paulo, o avô Tarcisso Carletto, tios, primos e amigos. Com sorriso largo, em meio a tantos afagos, Maria sorria, quase sem parar, como a deslizar lentamente durante o sonho que, certamente, vai lhe transformar.

valeriomagalhaes@uol.com.br